
Um filme extremamente triste, que vai te deixar muito deprimida por horas, porém não deixa de ser uma linda história de amor.
O amor retratado nesse longa é diferente de 90% dos filmes hollywoodiano, não é o amor de homem e mulher e sim o amor de uma grande e verdadeira amizade.
O filme conta a história de duas amigas de infância que sempre estiverem presentes uma na vida da outra. Milly sempre foi a pioneira em tudo e incentivava a amiga Jess a tomar coragem a ter novas experiências na vida. Porém, como o próprio título sugere, Milly vai ser a primeira a partir e o filme gira em torno de toda a evolução de sua doença de câncer de mama, até seus últimos momentos. Engana-se quem pensa que essa vai ser a mocinha, coitada e frágil, a personagem é egoísta, que só pensa nela e não quer que ninguém sinta pena.
Indescritível a dedicação de Jess para com amiga, há cenas que irá dar um nó na sua garganta, cenas pesadas, mas com tanto amor envolvido que a mistura de sentimentos é constante ao assistir. Há momentos de dor e tristeza com várias piadas sarcásticas e de auto ironia que funcionam como alívio cômico.
Penso que a escolha de Toni Collette para o papel de Milly foi um tanto quanto infeliz, não entrarei no mérito da boa atuação com cenas incríveis e de uma realidade fora do comum, mas Collette não é carismática para o papel, acredito que se fosse outra atriz a história se tornaria mais próxima e cativante ao público.
Há muitos momentos dolorosos no longo, tais cenas como a escolha da peruca, a troca de curativos após a retirada das mamas, a primeira vez que o marido vê as cicatrizes e principalmente quando Milly conta aos filhos que vai morrer. Sem dúvida não tem como segurar a emoção nessas cenas.
Filme bonito, que mostra o amor de uma outra forma, o companheirismo e entrega sem nada em troca, porém nada aconselhado para pessoas que estão em tratamento ou conhecem alguém com câncer.
Nota: 7