O filme é baseado no livro ‘Um pai de cinema‘ de Antonio Skármeta e contrariando o óbvio, o longa é melhor que o livro, aliás é mais completo, o entrelinhas que estava precisando.
Ambientado no sul do Brasil, na década de 60, o enredo fala da reestruturação de uma família, o processo de amadurecimento do jovem Tony (Johnny Massaro), sua relação com a mãe, a ausência misteriosa do pai – o francês Nicolas (Vincent Cassel), e a passagem da juventude para a maturidade.
Uma verdadeira obra prima em forma de filme, um colírio para os olhos. Há tanta beleza nessa produção que fica difícil descrever de forma que traduza a sua magnitude.
A fotografia é, sem dúvida, a mais bela dos filmes brasileiros produzidos, lindas imagens, paleta de cores harmônica, telas que casam perfeitamente com toda a poesia apresentada.
Selton Mello além de espetacular como diretor, ainda interpreta um personagem com uma entrega, com verdade e poeticamente engraçado.
Cada espectador irá interpretar a história de uma maneira diferente, algo que me fez lembrar muito Machado de Assis e o seu “Dom Casmurro”.
Um lindo filme para assistir e ficar dias e mais dias pensando nele. Sutileza, poesia e eficiência. Quanta poesia, quanta arte, quanto talento para “O Filme da Minha Vida”. Assista que você não vai se arrepender.
Nota: 10
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